quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Polícia Federal investiga invasão a sistema de pagamentos do Governo Federal e possível desvio de recursos

Em agosto de 2021, um ataque semelhante ocorreu durante a gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia (atual Ministério da Fazenda), no governo Bolsonaro. Por enquanto, não há confirmação de que ocorreram desvios de recursos públicos.
A Polícia Federal confirmou que uma investigação foi iniciada em conjunto com a Abin para apurar a invasão ao sistema (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Imagem Ilustrativa)

O Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que realiza os pagamentos do Governo Federal, foi invadido. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo e pela GloboNews, com confirmação da Polícia Federal que iniciou uma investigação em conjunto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O ataque teria ocorrido neste mês.

A investigação da Polícia Federal tenta identificar se ocorreram de fato desvios de recursos públicos. A suspeita foi levantada pelo Ministério da Fazenda pela própria PF. No entanto, sem a confirmação de furto cibernético de dinheiro público, não há como estimar o quanto pode ter sido levado.

Possivelmente, como analisa a PF, a invasão ocorreu a um sistema de autenticação, que permitiu ao invasor entrar no Siafi com o cadastro de um usuário real. A Folha e a GloboNews apontam que fontes teriam confirmado que ocorreram outras invasões a partir de dados de usuários autorizados a utilizar os sistemas.

A fraude foi detectada porque o CPF do gestor do Siafi foi utilizado para tentar emitir uma ordem bancária por meio de Pix e era o mesmo de quem fez a liquidação da despesa. Nas regras de administração financeira federal, a liquidação e o pagamento precisam ser autorizados por gestores distintos e o Governo Federal não faz esse tipo de pagamento via Pix.

Em agosto de 2021, um ataque semelhante ocorreu durante o governo Bolsonaro também, na gestão do então ministro da Economia Paulo Guedes. Naquela ocasião não foram confirmados desvios de recursos e nem prejuízos diretos ao sistema.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do G1 e da Folha de São Paulo)


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