quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Professores da rede estadual do Pará entram em estado de greve após assembleia convocada pelo Sintepp

Professores relatam prejuízos financeiros ao perderem turmas devido à nova matriz curricular e lotação nas escolas. Há ainda a cobrança das progressões de carreira, pagamento de precatórios do Fundef e reajuste do piso do magistério em 3,62%.
O estado de greve dos professores da rede estadual foi aprovado nesta quinta-feira, 18 de janeiro, após assembleia convocada pelo Sintepp em Belém (Foto: Divulgação)

Após uma assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), professores da rede estadual entraram em estado de greve nesta quinta-feira (18). A condição ainda não significa greve de fato, mas um alerta de que a categoria pode paralisar as atividades por tempo indeterminado caso o diálogo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) não avance. Além do reajuste salarial, a pauta inclui a revogação da instrução normativa sobre a lotação e a matriz curricular.

Desde o final de 2023, quando saiu a instrução normativa que estabeleceu a lotação de 2024, professores têm enfrentado problemas para conseguirem cargas horárias e turmas. Muitos têm relatado que o procedimento se tornou confuso e o resultado é que alguns docentes até perderam turmas e enfrentam prejuízos com a queda de remuneração. O processo está perto do fim e muitos servidores ainda não sabem o que fazer.

“A matriz curricular imposta pelo Governo tem sido muito criticada, pois gerou essa lotação atravessada e confusa. Em todo o Pará há uma grita. Essa matriz tem a ver com o ‘novo-novo’ ensino médio, que ainda vai passar por votação em março e o Pará se adiantou. Até conseguimos fazer o governo mudar alguns pontos, mas a maioria ainda permanece, então a categoria deu o alerta com o estado de greve”, explicou Beto Andrade, coordenador de Comunicação do Sintepp.

A decisão sobre o estado de greve foi tomada após assembleia em Belém, onde ainda deve ocorrer um ato na Seduc (no dia 23 de janeiro) e paralisação estadual. A próxima assembleia geral do Sintepp está marcada para o dia 25 de janeiro, na escola estadual Cordeiro de Farias, na capital. Na pauta de reivindicações, há ainda a garantia das progressões de carreira, pagamento dos precatórios do Fundef e o reajuste do piso do magistério em 3,62%.

A Redação do Fato Regional entrou em contato com a Seduc sobre o posicionamento dos professores e aguarda retorno.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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