sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Suposto maior grupo devastador da Amazônia é alvo de operação da Polícia Federal no Pará; principal suspeito foi preso

O investigado e familiares dele teriam invadido e degradado mais de 21 mil hectares de terra da Amazônia, incluindo terras indígenas. Várias multas e embargos do Ibama foram aplicados e isso não o impediu
A operação Retomada cumpriu mandados judiciais em fazendas do grupo investigado em Sinop e Novo Progresso (Foto: Polícia Federal)

A Polícia Federal do Pará a operação “Retomada”, na manhã desta quinta-feira (3), contra um grupo suspeito de ser o maior devastador da Amazônia. A ação criminosa investigada já teria devastado mais de 21 mil hectares de terras, provocando desmatamento e invasão de áreas da União, reservas ambientais e terras indígenas. Tudo para a criação de gado. O principal investigado foi preso em flagrante com uma porção de ouro bruto e uma arma em condição ilegal.

A operação “Retomada” tem o objetivo de investigar o grupo. Foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal nos municípios de Novo Progresso (PA) e Sinop (MT). As investigações começaram em Santarém, após o desmatamento de 6 mil hectares nas áreas de entorno de Novo Progresso.

Pelas investigações, o suposto grupo criminoso fraudava o Cadastro Ambiental Rural (CAR) de áreas próximas às terras próprias em nome de terceiros, principalmente de parentes próximos. Em seguida, desmatavam essas áreas e se apropriavam delas. Os verdadeiros responsáveis pela exploração ilegal das terras, diz a PF, se sentiam protegidos contra eventuais processos criminais ou administrativos.

O suspeito de liderar o grupo já recebeu 11 autuações e 6 embargos do Ibama. Perícias da PF indicam a existência de danos ambientais na Terra Indígena Baú. Além da expedição dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de R$116 milhões, valor mínimo estimado dos recursos florestais extraídos e de recuperação da área atingida, e o sequestro de veículos, de 16 fazendas e imóveis e da indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado.


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(Da Redação do Fato Regional)