segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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587 pessoas no Pará aguardam por um transplante de rim para deixar a hemodiálise

No Dia Mundial do Rim, a Sespa aponta o tamanho da fila por um transplante no Pará e presta contas sobre o que tem sido feito para cuidar dos pacientes renais crônicos. E traz dicas de como cuidar da saúde dos rins para evitar complicações. Mas um das principais e mais simples é beber água regularmente. O Centro de Hemodiálise do Hospital Regional da PA-279 é um dos investimentos mais recentes.
Com 10 cadeiras para hemodiálise, o Hospital Regional da PA-279, em Ourilândia do Norte, fez 400 sessões somente no primeiro mês de operação (Foto: Wellyngton Coelho / Agência Pará)

Dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) apontam que no Pará há 587 pessoas que aguardam por um transplante de rim. Desse total, 38 são crianças e jovens até 17 anos de idade. Para essa pessoas, somente o procedimento pode fazer com que deixem de fazer hemodiálise para sobreviver. Nesta quinta-feira (14), Dia Mundial do Rim, o Governo do Estado fez um balanço das ações em prol de renais crônicos. E um dos investimentos mais recentes foi o Centro de Hemodiálise do Hospital Regional da PA-279, em Ourilândia do Norte.

Desde que o serviço de transplantes de rim foi iniciado no Pará, foram realizados 1.023 procedimentos. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o estado faz transplantes no Hospital Ophir Loyola (HOL), Fundação Santa Casa, Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, e Hospital Regional Público do Araguaia (HRPA), em Redenção.

Hemodiálise é um processo pelo qual uma máquina limpa e filtra o sangue substituindo o rim doente, liberando o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina.

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) explica que o Dia Mundial do Rim é uma campanha global para conscientização sobre o cuidado com a saúde renal e fatores de risco. Neste ano, o tema da campanha é “Saúde dos Rins e Exame de Creatinina para Todos: porque todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento”. Somente a prevenção pode evitar o adoecimento, complicações e a necessidade de iniciar a hemodiálise e depender de um transplante.

Das 13 Regiões de Saúde do Pará, 11 dispõem de rede assistencial de hemodiálise ambulatorial sob gestão estadual nos seguintes municípios:

  1. Abaetetuba
  2. Altamira
  3. Belém
  4. Bragança
  5. Breves
  6. Capanema
  7. Castanhal
  8. Itaituba
  9. Marabá
  10. Marituba
  11. Ourilândia do Norte (a mais recente)
  12. Redenção
  13. Santarém
  14. Tucuruí
Somente em 2023, foram realizadas mais de 177 mil sessões de hemodiálise no Pará, estado que tem 587 pessoas aguardando um transplante de rim para sair do procedimento (Foto: Ascom HRSP / Agência Pará)

Na rede estadual, houve ampliação de máquinas de hemodiálise foi de mais de 100%, passando de 239 em 2019 para 482 atualmente. Além disso, há os serviços que funcionam em parceria com gestões municipais ou conveniadas ao SUS. Desse modo, o número passou de 11 máquinas em 2019 para 92 em 2024. Ao todo, somando as duas frentes, são 574 máquinas em funcionamento. Em 2023, 171.779 sessões de hemodiálise realizadas.

Um dos investimentos mais recentes, o Centro de Hemodiálise do Hospital Regional da PA-279, em Ourilândia do Norte, no sul do Pará, fez 400 sessões de hemodiálise em apenas um mês de funcionamento. A estrutura foi inaugurada em fevereiro pelo governador Helder Barbalho, junto ao prefeito Dr. Júlio e o deputado estadual Torrinho Torres.

Confira algumas medidas para evitar o adoecimento dos rins:

  • Beber bastante água;
  • Manter a prática de exercícios físicos regulares;
  • Evitar o excesso de sal, carne vermelha e gorduras;
  • Controlar o peso corporal;
  • Controlar a pressão arterial;
  • Controlar o colesterol e a glicose;
  • Não fumar;
  • Não abusar de bebida alcoólica;
  • Evitar o uso de anti-inflamatórios não hormonais;
  • Ter cuidado com quadros de desidratação;
  • Realizar, uma vez por ano, exames laboratoriais para avaliar a saúde dos rins: dosagem de creatinina no sangue e análise de urina;
  • Consultar regularmente seu médico clínico;
  • Não fazer uso de medicamentos sem prescrição médica.
  • Pacientes idosos, portadores de doença cardiovascular e pacientes com história de doença renal em familiares têm grande potencial para desenvolver lesão renal e devem ser investigados com triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)


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