Gabriel da Conceição Carneiro foi morto a tiros em Rio Maria no final da tarde desta sexta-feira (17). Ele foi vítima de um atirador que foi à casa dele, no setor Jardim Paraíso, duas vezes para executá-lo. O rapaz chegou a ser socorrido para o hospital municipal e morreu durante o atendimento. Relatos de testemunhas apontam para um possível suspeito, já sob investigação, e uma provável motivação: a guerra entre facções no Sul do Pará.
Eram aproximadamente 16h30 quando o assassino foi à casa de Gabriel pela primeira vez. Chamou ele pelo nome, mas acabou indo embora sem ser atendido. O suspeito chegou a ser visto saindo, tendo roupas e características físicas identificadas. Pouco depois, o rapaz voltou e dessa vez foi atendido por um familiar da vítima. Foi quando Gabriel acordou. Ao ir até a porta da casa, foi alvejado por disparos.
O assassino fugiu de moto, sem modelo ou cor identificados. Familiares de Gabriel acionaram a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192). Com dificuldade, o jovem ainda conseguiu conversar com os policiais antes de ser socorrido. A vítima era conhecida no setor e muitas pessoas o viram crescer. Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a morte dele.
Um homem chegou a procurar a Delegacia de Rio Maria para relatar que, apesar de não ter tido nada a ver com a morte de Gabriel, estava sendo acusado do crime. Nenhum suspeito foi preso por enquanto. Ao Fato Regional, fontes da Polícia Militar informaram que as forças de segurança seguem em diligências para localizar o suspeito, que já foi identificado.
Uma das linhas de investigação, que aponta para a guerra de facções do Sul do Pará, trabalha com a possibilidade de que a morte de Gabriel tenha alguma ligação com a morte de Ronaldo Nunes de Oliveira, conhecido como “Tiririca”, morto a tiros na noite de segunda-feira (13). No entanto, todas as informações ainda são preliminares e a Polícia Civil só terá como apontar os reais responsáveis pelo crime e motivações ao final do inquérito.
Quaisquer informações que possam ajudar na solução do caso, podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (181). Se a informação for mais urgente, o ideal é ligar para o 190. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Não é necessário se identificar.
O Fato Regional respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
LEIA MAIS, NO FATO REGIONAL:
- Após reunião no Sindicato Rural de Xinguara, Enric Laureano ataca Osvaldinho em entrevista a uma rádio
- André Mendonça, ministro ‘terrivelmente evangélico’ de Bolsonaro, assume vaga no TSE
- Cavalgada do Produtor abre programação do 29º Festival do Abacaxi de Floresta do Araguaia
- Novo DPVAT: Lula sanciona SPVAT com veto a punição por pagamento em atraso; veja quanto vai custar o seguro obrigatório