domingo, 5 de maio de 2024

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Terra Indígena Apyterewa, no sul do Pará, foi uma das que mais perdeu florestas em 2022, mostra levantamento

A Apyterewa é o lar do povo Parakanã e tem mais de 700 indígenas vivendo em uma área de 777 mil hectares.
A TI Apyterewa é constantemente ameaçada por atividades ilícitas que levam à perda de floresta (Foto: APIB)

A Terra Indígena Apyterewa, no sul do Pará, foi uma das áreas protegidas que mais perdeu florestas, como aponta levantamento da Global Forest Watch. A Apyterewa é o lar do povo Parakanã e tem mais de 700 indígenas vivendo em uma área de 777 mil hectares, constantemente ameaçada por pecuaristas irregulares e garimpo ilegal.

O estudo mapeou as perdas de florestas tropicais, em 2022, e mostra que o Brasil foi o que mais teve perda de áreas verdes, sobretudo na Amazônia. Outros países com resultados negativos são a República Democrática do Congo, Bolívia e Gana.

Apesar dessas perdas, os territórios indígenas no Brasil têm uma taxa de desmatamento muito menor do que terras semelhantes gerenciadas por outros agentes e representam os últimos sumidouros de carbono da Amazônia.

O Brasil, que tem cerca de 30% das florestas do mundo, o equivalente a 43% do desmatamento de todo o planeta. A perda de florestas primárias cresceu 15% em 2022. Foi a maior taxa de perda não relacionada a incêndios desde 2005. O país segue na liderança do ranking das nações que mais desmatam.

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Amazônia pode chegar a “ponto de não retorno” se desmatamento continuar

Além dos impactos de carbono, a perda de florestas na Amazônia afeta as chuvas regionais e pode, em última instância, levar a um “ponto de não retorno” em que a maior parte do ecossistema se tornará uma savana. As perdas de florestas primárias nessa parte da Amazônia brasileira são principalmente causadas por desmatamentos em grande escala, com pastagens e rodovias.

“Os dados mostram que a participação do Brasil na perda de florestas tropicais vem aumentando nos últimos anos. Antes de 2015, cerca de 25% a 30% da perda ocorria no Brasil. Já em 2022, passou de 40%”, afirma Jefferson Ferreira, Coordenador de Ciência de Dados de Florestas do WRI Brasil.

O 1,8 milhão de hectares dessa perda em 2022 do Brasil, resultou em 1,2 gigatoneladas de emissões de dióxido de carbono no ambiente. Ou seja, 2,5 vezes as emissões anuais de combustíveis fósseis do Brasil.


(Da Redação do Fato Regional)

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