Geraldo Daniel de Oliveira, conhecido como “Geraldinho”, foi preso na operação “Refloresta Xingu” nesta quarta-feira (3). Ele é apontado por órgãos ambientais do Pará como um dos maiores desmatadores de florestas do estado. Ele é proprietário da fazenda Ouro Verde, em São Félix do Xingu. Os crimes ambientais pelos quais é investigado, que o levaram à prisão em 2022, seriam para a expansão da fazenda para dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu. O pecuarista foi preso em Goiás.
A operação “Refloresta Xingu” é uma ação da Polícia Civil do Pará, com cooperação da Polícia Civil de Goiás. É um desdobramento da operação “Curupira”, uma das principais frentes de combate ao desmatamento ilegal no estado. Geraldinho já havia sido preso em 2022, durante a operação “Outsiders”. Ele estava em liberdade provisória. Um novo mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Poder Judiciário contra o pecuarista por descumprimento de medidas cautelares. Ele vinha sendo procurado desde fevereiro, numa operação que interrompeu o desmatamento na APA Triunfo do Xingu.
A Polícia Civil do Pará prendeu, em Goiânia, Geraldo Daniel de Oliveira, o Geraldinho. Ele é acusado de desmatar mais de 10 mil hectares nos últimos 5 anos, na APA Triunfo do Xingu. Ele e o genro, que está com prisão preventiva decretada, respondem por outros crimes ambientais e…
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) April 3, 2024
O delegado-geral da PCPA, Walter Resende, explica que as investigações foram intensificadas a partir de informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas). “Apontaram para a prática continuada de crimes ambientais, incluindo dano à Unidade de Conservação, incêndio em floresta, impedimento à regeneração florestal, falsidade ideológica, e associação criminosa com foco em atividades ilegais contra o meio ambiente”, ressaltou Resende.
“Estão sendo cumpridos mandados de prisões, buscas e apreensões em várias localidades do Pará e Goiás, para que dar suporte à operação ‘Curupira’, que tem uma função de fiscalização e comando e controle nessas áreas. Paralelo às ações em campo, nós temos uma força-tarefa dentro da Polícia Civil que investiga a fundo os casos que são encontrados pela equipe de campo da operação Curupira. Isso é um trabalho integrado de fiscalização e investigação para que nós possamos chegar aos verdadeiros autores dos crimes ambientais no Pará”, afirmou Ualame Machado, titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
Desde 2019, “Geraldinho”, como apontam as investigações, teria desmatado mais de 10 mil hectares da floresta amazônica, configurando-se como um dos principais agentes de desmatamento no Estado do Pará. “O pecuarista atuava diretamente na criminalidade ambiental na APA Triunfo do Xingu. Sua prisão representa o combate incessante da Polícia Civil no que diz respeito à criminalidade ambiental, demonstrando que a Polícia Judiciária permanecerá atuante nas investigações que tratam sobre a temática”, ressaltou o delegado Acácio Neto, titular da Força-Tarefa Amazônia Segura.
O Fato Regional respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Polícia Civil do Pará)
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